sexta-feira, abril 17, 2009

Lançamento de novo livro



No próximo dia 25, pelas 22:00 no Bela Cruz - Porto, terá lugar o espectáculo "Palavras do Fogo", que servirá de base ao lançamento do meu novo livro "Palavras de Mim", junto com o "Oráculo de Fogo" do autor Jorge Pópulo.

O espectáculo contará com a participação musical da Sónia Amaral (voz), Ana Rita (voz), Rita Campos (Harpa), Pedro Lopes (Piano) e Teresa Pereira (Violino).

Aqui fica o convite para todos os que possam e queiram participar.


Informo ainda, que no dia seguinte (dia 26) pelas 16:00, ocorrerá na loja PortoSigns (na ribeira do Porto - Rua da Alfândega, 17) uma sessão de apresentação dos mesmos livros, para a qual deixo igualmente o convite.


A todos quantos queiram e possam participar, SINTAM-SE desde já CONVIDADOS!

E... até dia 25!
...ou 26!

quinta-feira, abril 09, 2009

Em ContraMão


...e de repente surge o desvio.
...e de repente, o entroncamento, a bifurcação, o escuro, um encandeamento de luzes e quando damos por nós, estamos em contramão.

O sentido proibido já ficou lá atrás, mas nós continuamos.
Porque há um gozo. Um gozo intrínseco. Um inexplicável gozo, que faz correcto o incorrecto, que nos faz pulsar as veias, que nos dá um (novo) (in)sentido de vida.

E por isso, prosseguimos.

E não são os sinais dos outros, que aflitos nos tentam fazer ver o (in)correcto.
E não são os sinais que só vemos pelas costas, ou sequer as setas na estrada que apontam para nós.
E não é o avançar dos outros num sentido oposto ao nosso.

Somos nós!
Somos nós que empurramos o mundo para (trás) a frente, numa vontade própria e única, que reforça essa capacidade a cada kilómetro, a cada metro, a cada centímetro percorridos.
Somos nós!

E o mundo não é que está correcto.
Somos nós!

E as convenções... de repente mudam.

E de repente, olhamos o retrovisor e vemos que estamos a ser seguidos.
E já não é pela autoridade repreendedora; mas por outros.
Tantos outros iguais a nós, que entretanto inverteram também a marcha e que seguindo-nos de perto, fazem-nos líderes de um movimento que é apenas nosso. Que não quisemos partilhar sequer, mas que agora foi também apessoado por terceiros.

Não somos líderes mas lideramos.
Não os outros.
Mas a nós próprios.
Cada um líder de si mesmo, na força que o intento lhe confere.
No pulsar das veias.
No querer.

E no caminho crescemos.
E no caminho fazemo-nos. MAIORES.

E de repente… o caminho é o nosso.
E de repente… já não há ninguém em contramão da nossa marcha.
E de repente… o mundo.
E de repente… nós.

Paramos.
Chegamos ao nosso (desconhecido) destino.
Estamos parados na faixa contrária.
Estamos virados no sentido oposto.
Mas CHEGAMOS!

E saímos.
E batemos a porta com o orgulho do sentimento do dever cumprido.
Enchemos o peito e respiramos fundo, sabendo que a nossa satisfação reside no facto, não de termos percorrido todo o caminho, mas sim, de o termos feito NOSSO!

Fizemos o caminho à nossa imagem. Ao nosso pulsar.
De trás para a frente ou da frente para trás?
Não sabemos.

Mas também…
…não interessa!

É NOSSO!